domingo, 31 de maio de 2009

Oftalmopatia de Graves



É uma doença autoimune que atinge os olhos e os tecidos periféricos aos olhos (gordura, músculos extraoculares, glândula lacrimal), que encontram-se alojados nas órbitas.

Está associada a alterações da tireóides (glândula localizada no pescoço). Em muitos casos, o paciente não sabe que a tireóides está desregulada (e descobre em função dos exames oftalmológicos).

O paciente começa sentindo sensação de olho pesado e vermelho. Outras vezes, amanhece com o olho "saltando para fora", chamado de exoftalmia ou proptose. Em outras ocasiões, apresenta visão dupla, também conhecida como diplopia.

A doença, quando se manifesta, tem um período inflamatório que dura em média 2 anos. Durante este período, devem ser realizados exames oftalmológicos e, quando necessário, fazer tratamento.

O tratamento da oftalmopatia de Graves deve ser sempre realizado em conjunto por médicos oftalmologistas e endocrinologistas.

Os tratamentos atualmente empregados são:
- Controle rigoroso do funcionamento da tireóides;
- Lubrificação ocular;
- Dormir com a cabeça elevada para evitar inchaço matinal;
- Uso de corticóides orbitáros
- Uso de corticóides sistêmicos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Neurite Óptica



Neurite óptica é a inflamação do nervo óptico de forma isolada ou associada a uma doença pré-existente chamada de esclerose múltipla.

É mais comum em mulheres jovens (entre 20-40 anos) e começa com uma dor à movimentação ocular e visão borrada do olho que dói.

O paciente geralmente não apresenta olho vermelho ou secreção e piora progressivamente com o passar dos dias.

É fundamental o exame oftalmológico para detectar alteração na observação das cores e o defeito pupilar aferente, que são sinais indiscutíveis da neurite óptica.

Se o paciente já tem diagnóstico de esclerose múltipla, o episódio é mais fácil de diagnosticar.

Sendo uma doença inflamatória, o tratamento é realizado com corticóides. Desde 1.992, é consenso a necessidade de pulsoterapia com metilprednisolona endovenosa para reverter o quadro, minimizando, assim, as chances de recidivas.

Após 14 dias, o quadro ocular pode ceder mesmo sem o uso de medicamentos e o paciente geralmente recupera sua acuidade visual. Em alguns casos pode haver sequelas na qualidade da visão.

Este tipo de doença pode se repetir várias vezes na vida ou ter um único caso isolado. Devem ser, portanto, realizados controles periódicos conjuntos envolvendo oftalmologistas e neurologistas.